E se Lima Barreto – o homenageado da FLIP este ano –, em vez de mulato, fosse preto?
Esta pergunta, assim mesmo, gingada e rimada como num verso de samba, eu fiz, poucos anos atrás, numa reunião pública em que se discutia a presença do negro na Literatura Brasileira.
O que eu buscava, com a aparente ironia da pergunta, era mostrar algumas das muitas insídias e falácias do racismo brasileiro, do qual o nosso Lima, embora vítima, não o foi mais, por exemplo, do que foi Hemetério dos Santos, um preto retinto, brigão como ele só.